Processo vivenciado pelas organizações na Chamada de Base Comunitária I é tema de diálogos e aprendizados

Desde a publicação da lista de projetos classificados na Chamada de Base Comunitária I, em julho, a IBS vem realizando uma rodada de diálogos com as organizações cujas propostas não avançaram para as próximas fases. O objetivo é que elas possam compartilhar o processo vivenciado, de modo que este seja compreendido da melhor forma, gerando aprendizados para todos. Estão sendo agendadas conversas nas comunidades, encontros na Casa IBS e até mesmo reuniões on-line.

O diálogo sobre o processo vivenciado vai desde a fase de inscrição. Mesmo com todo o apoio disponibilizado pela Secretaria Executiva da  IBS – como acesso a  computadores , Internet, orientação e apoio para uso das ferramentas –  ainda assim alguns participantes relataram dificuldade de acesso à Internet e de inclusão dos anexos devido ao pouco domínio de ferramentas digitais, bem como  do instrumento da chamada (edital) e elaboração do projeto.

Para a leitura e elaboração das propostas, a maioria destacou a importância das oficinas (workshop) realizadas para orientar e esclarecer dúvidas, bem como o Encontro de Conexões, onde foi possível trocar ideias, conhecer e firmar parcerias entre as organizações para apresentação de propostas conjuntas.

“Esses contatos possibilitam que as entidades falem de suas experiências, acertos e pontos a aprimorar”, relata Ceyla Nobre, coordenadora local da Secretaria Executiva da IBS. “Tem sido um aprendizado para todos nós e ajuda a fortalecer vínculos e conexões entre os participantes”.

Além desse aprendizado, os contatos possibilitam estreitar o relacionamento entre a IBS e as entidades, gerando novos engajamentos. Um dos novos participantes vem da Ilha Trambioca, da comunidade Guajará da Costa. José Fábio Negrão Andrade é presidente da Associação de Pescadores Artesanais que há quase 30 anos se dedica a proteger o meio ambiente e a sobrevivência das 52 famílias que vivem do pescado e de outras formas de produção, como cultivo do açaí. Enfrentando as dificuldades advindas da poluição das águas pelo despejo de lixo, resíduos e movimentação de barcos, a Associação vem dialogando na IBS para ampliar o conhecimento de soluções possíveis e de articulações para viabilizar financeiramente e tecnicamente o que precisa ser feito.

A associação apresentou projeto na chamada de Base Comunitária I e mesmo que não tenha avançado para as próximas fases, a entidade continua na busca de possibilidades de aprimoramento de projetos que tragam recursos para as iniciativas locais. Fábio quis conhecer mais a IBS e vem participando de diálogos para identificar lacunas e aprimorar a proposta para próximas oportunidades.

 

Além da plataforma Conexões Sustentáveis, a comunidade Guajará da Costa também participou do encontro “IBS na Comunidade” – atividade que vem sendo realizada desde o ano passado e que visa divulgar a IBS, dialogar com as diferentes comunidades sobre a realidade local e engajar novos participantes.